sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Minha Esperança

Esperança é “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé”. Quem tem esperança tem uma sensação boa de que algo que se deseja vai se concretizar. É uma estranha certeza de que algo bom acontecerá. Esperança tem a ver com desejo, com o que se deseja. Ou seja, a esperança é maior à medida que o que se deseja é mais certo (no sentido de certeza).

Deixe-me ser mais clara: se o que desejamos tem reais chances de se concretizar, temos certeza de que teremos o que esperamos. A Bíblia diz: “sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona” (Romanos 5. 3-5).

É possível que a Esperança que temos nos mova a caminhos heterodoxos. Pode mudar nossos hábitos e até mudar nossas vidas. Para o apóstolo Paulo foi assim. Ele foi julgado pela esperança que tinha: “Agora, estou sendo julgado por causa da minha esperança [...] É por causa desta esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus.” (Atos 26. 6-7)

Paulo tinha uma esperança que valia a pena, valia até a própria vida. Pela sua esperança, ele foi açoitado, perseguido, preso, julgado e condenado.

A esperança de Paulo era Jesus, aquele por quem vale a pena viver e também vale a pena morrer. Encontrá-lo foi como encontrar algo muito precioso. Jesus mesmo falou sobre isso: “O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou.” (Mateus 13. 45-46)

Ao encontrar Jesus, a sua esperança, Paulo encontrou também o Reino dos céus. Encontrou uma jóia preciosa, uma fabulosa pérola. Encontrou a vida!

Por essa pérola, valia a pena vender tudo e a comprou.

Foi o que Paulo fez: “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo” (Filipenses 3. 7).

Eu tenho a mesma esperança de Paulo. Por essa esperança, vale a pena viver e vale a pena morrer.
Qual é a sua esperança?

sábado, 4 de outubro de 2008

Recebi um e-mail...

Eu estou farta dessa frase: "recebi um e-mail...". Geralmente o que vem por aí não é bom...
As tecnologias que o século XXI nos oferece são tentadoras. A cada dia tornamo-nos mais dependentes de máquinas que fazem serviços que nos perguntamos como é que era a vida sem elas. É difícil pensar que há 20 anos, por exemplo, as pessoas mal tinham telefone em casa, o que se dizer, então, de um telefone individual e portátil, que cabe na palma da mão?
Em contrapartida, essas tecnologias criaram um novo tipo de verdade... a verdade do e-mail.
Vamos pensar um pouco:
Racionalmente falando, como o TRE descobriu o seu endereço de e-mail, para, assim, te informar sobre uma irregularidade com o seu título? Como a Receita Federal descobriu o seu endereço de e-mail para dizer que você vai perder seu CPF? Como alguém vai receber alguns centavos a cada e-mail repassado? Quem paga por isso? Não sou eu, isso eu sei!
Por mais absurdo que pareça, o fato é que, hoje em dia, o e-mail recebido que alguém de confiança, mas não escrito por ele, se tornou uma verdade absoluta e inquestionável.
Por exemplo: o acordo ortográfico. O que ninguém sabe – e que é realmente verdade sobre o assunto – é que as discussões relativas ao acordo ortográfico começaram na década de 90!!! Como você recebeu isso por e-mail no mês passado, parece que é notícia nova, mas... não é!
Outro: a história do voto nulo. O e-mail é uma gracinha, incentiva o voto nulo, como se ele fosse um voto de protesto. O texto “esclarece” o eleitor, dizendo que o voto nulo é capaz de anular uma eleição. O que o e-mail não explica é o conceito adotado pelo TRE de “voto válido” e “voto inválido”.
O voto válido é o voto em alguém ou em alguma legenda. O voto inválido é o voto branco ou o voto nulo.
Em termos práticos: há cidades brasileiras onde houve apenas um candidato a prefeitura. Tal candidato pode ser eleito se apenas ele votar em si mesmo. E será eleito com 100% dos votos válidos, independente do número de votos brancos ou nulos que existirem. Você pode conferir essa informação.
Eu não consigo entender como essa informação via web tornou-se, em tão pouco tempo, mais verídica do que qualquer outra fonte.
Quem me dera todos os cidadãos brasileiros, principalmente os usuários da internet , fossem como os crentes de Beréia.

"Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo."
(Atos 17.11)