quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E que venha 2010!!!

Certa vez, li num site que Mario Quintana escreveu o seguinte: "Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do primeiro dia do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, apenas recomeça..."

É estranho, né? Parece que a noite de 31 de dezembro é mágica, é capaz de mudar o destino, dar sorte, abençoar. Mesmo romper o ano na igreja orando se tornou uma espécie de "supertição". As pessoas usam roupa nova, compram acessórios das cores "certas": branco, dourado ou rosa, de acordo com o que desejam para o ano vindouro.

Outra coisa curiosa é que nessa hora nenhum daqueles pastores rejudaizantes, daqueles que usam shofar, arca da aliança etc, querem fazer uma festa judaica.

Eu lembro sempre das celebrações do ano de Ester, em que você vai reinar em vida; ano de Elias, em que você vai derrotar os adoradores de Baal; ano de Moisés, em que você vai abrir o mar vermelho; mas não lembro de ninguém comemorar o Rosh Hashaná.

Rosh Hashaná abre um período de reflexão, confissão de pecados e introspecção. Não tem nada a ver com pessoas pulando atrás de um trio elétrico e gritando "shalon" ou qualquer coisa parecida. É um período para cada um cuidar da própria vida e avaliar o quão longe do Senhor tem andado.

Entendo que depois dessa avaliação, não há quem não se apanhe extremamente grato, porque, apesar de nós mesmos, de nossas imperfeições, erros, pecados, descaminhos etc, Deus nos ama infinitamente e nos dá mais uma chance de acertar a cada dia que levantamos.

Meu desejo é que usemos muito bem as próximas 365 chances de Deus. Que acertemos nos relacionamentos, nas palavras, nas escolhas, nos investimentos, na obediência...

Ouvi de uma pessoa que admiro muito que só somos plenamente felizes, quando obedecemos a Deus, então, que seu 2010 seja direcionado por Deus, porque felicidade é consequência.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Marcha para... Jesus??

Há um tempo queria fazer um texto sobre isso. Na verdade, há bastante tempo não escrevo...

Anos atrás fui à Marcha pra Jesus. Lembro-me de um monte de gente pulando, gritando, dançando... o grupo também deixou mostras de que havia passado por ali: sujeira pelas ruas, trânsito fechado... Ao fim de tudo isso, qual foi o resultado? Quantas pessoas receberam a Cristo? Quantas pessoas foram impactadas pelo amor de Deus? Quantos crentes deixaram de viver uma vida medíocre e se tornaram fervorosos?

Penso nos ensimentos de Cristo e em suas ordens. Nada disso inclui uma passeata para mostrar como é legal ser crente.

No entanto, a Bíblia ensina a pregar o evangelho, a viver uma vida de excelência, a observar a lei, a sermos cidadãos agentes de mudança. Jesus nos convida a um estilo de vida que visa à vida no Reino de Deus, mas também ensina a estabelecer o Reino de Deus, e isso não tem nada a ver com um bando de crentes fazendo barulho, parando o trânsito e sujando as ruas.

Se é para mostrar o quão diferente e "especiais" os crentes são, que tal promover uma campanha que realmente faça diferença na sociedade. Que tal uma campanha de doação coletiva de sangue? Ou, então, restauração estrutural de uma escola pública? Ou ainda uma pressão para o fim da corrupção na política?

Há muitas coisas que os "crentes" poderiam fazer que provocaria uma diferença real na sociedade. Mas, infelizmente, a maioria ainda prefere ter uma vida medíocre em que se coa um mosquito e se engole um camelo.

Lembrando o que ouvi recentemente de um romancista: eu insisto em escrever, sem pensar em quem vai ler, porque eu não posso ficar calada diante de tantos absurdos que me incomodam e que não tem nada a ver com a Palavra de Deus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Luz na passarela

Eu sou adepta da tecnologia. Tenho orkut, MSN, skype, google talk, twitter etc. Sem contar esse blog. Sinceramente, não tenho nada contra a tecnologia. Acho que ela presta um serviço à humanidade. Contudo, em tempos de orkut, twitter e afins, a única constatação a que se pode chegar é de que vivemos na era da sociedade do espetáculo.

"Luz na passarela!" Todos estão se expondo. Nao importa como! Não importa por quê! O importante é aparecer!

Cheguei à "fantástica" constatação de que vivemos na era da sociedade do espetáculo, quando descobri um site maravilhoso www.blablabra.net. Esse site é incrível. Ele disponibiliza os últimos twits brasileiros (daqueles que autorizaram).

As mensagens são profundas e edificantes. Tocam profundamente o coração. Vou exemplificar: "Vou dormir. Boa noite!"; "Cara, comi muito. Vou explodir"; "Dia de cão".

Não me leve a mal. Acho que as pessoas têm o direito de escreverem o que bem entenderem. Mas eu acho bizarro que uma pessoa que descreve cada passo tenha mais de mil seguidores!!!

Aí eu me pergunto: quem está com problemas: quem descreve os próprios passos, quem lê a descrição dos passos ou eu, que fico "passada" observando essas coisas?

Percebo que quem descreve a própria vida possui uma necessidade absurda de atenção. Precisa ter a sensaçã de que é ouvido com atenção por alguém.

Quem segue essas informacões ou é muito interessado na vida alheia ou é muito amigo do ser seguido. Embora eu duvide que alguém tenha mil amigos íntimos.

Eu sou louca. Meu psiquiatra que o diga...

Enquanto tem gente querendo aparecer, tem muito mais gente querendo ver os que estão aparecendo.

Está ficando normal filmar a própria transa e colocar na internet. Ou bater altos papos íntimos na internet, em sites públicos!!! O pior é reclamar pedindo (ou exigindo) privacidade...

Pensando um pouco...

Diante da necessidade de holofotes, dá pra entender o espetáculo nas igrejas, púlpitos e telepúlpitos.

Diante de tal situação, o pastor precisa ser um pop star. Precisa ficar bem diante das câmeras. Saber se maquiar. Fazer a sobrancelha.

Dito isto, eu desisto!

Agora eu entendo por que esses pastores fazem tanto sucesso.

Talvez, se Jesus tivesse escolhido ser um pop star, não tivesse morrido na cruz, afinal ele perdeu um concurso de popularidade contra Barrabás!

Está certo que se Jesus não tivesse morrido, não haveria salvação...

sábado, 23 de maio de 2009

Mensgem da Cruz 3

A programação semanal dos telepastores é realmente imperdível. Há de tudo!
Hoje, 23 de maio, ouvi uma declaração fantástica:
"a maior prova de amor pela sua criação é a cura divina".
À primeira vista, essa declaracão não tem nada de negativo; aliás, tem muita lógica! Se Deus tem poder para fazer o que quiser, o que pode expressar melhor o Seu amor do que dar a seu filho aquilo que ele quer, ou seja, a cura. Muito lógico, nao é?
O problema é que nem sempre o que queremos é o que Deus tem de melhor. Analisemos as nossas reais necessidades...
Deus sabe que a maior necessidade de qualquer homem não é a cura física, mas a cura espiritual. A Bíblia prova isso.
Vamos tentar pensar essa questão a partir de questionamentos e responder à luz da Palavra.
1- Será que a cura divina é prova do amor de Deus?
Verdade bíblica: "Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos" (Salmo 116. 15)
É certo que nos tempo de Jesus havia centenas de paralíticos, cegos, leprosos, mudos e portadores de todo tipo de doença. Será que Deus só amava os que foram curados por Jesus. E os outros? Deus não os amava? Será que quando acordo gripada é porque Deus não me ama?
2- Se a cura divina é prova de amor de Deus, a doença é prova do ódio?
Verdade bíblica: "Seus dicípulos lhe perguntaram: 'Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?' Disse Jesus: 'Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele'." (João 9.2-3)
Há ainda quem pense que a doença é fruto do pecado, ou seja, da ira de Deus. Em outras palavas, se você está doente é porque você pecou, você é culpado pela doença!!!
Se você voltou de sua última viagem a Cancun gripado, é porque você pecou!
Se você tem pressão alta, é porque você pecou!
Se você tem diabetes, é porque você pecou!
Não importa o que a Bíblia diga sobre isso, se Deus cura quem Ele ama, se você fica doente é porque Deus não te ama e Ele não ama quem peca!
Só colocando nessas proporções absurdas que é possível compreender a amplitude da bizarrice que é acreditar nisso. Principalmente porque, pensando dessa forma, temos que acreditar que Deus ama uns e não ama outros. Ou seja, Deus tem seus prediletos.
Partindo do pressuposto de que Deus ama a todos igualmente, vamos a mais uma pergunta:
3- Se Deus nos ama, por que Ele permite que fiquemos doentes?
Essa pergunta eu prefiro deixar apena ecoando... Sem resposta, embora ela haja.
A verdade bíblica acerca do amor de Deus aponta para uma prova de amor que não é a cura divina, mas é Jesus:
"Mas Deus prova o Seu amor para conosco, pelo que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.8)
A salvação que Deus nos oferece em Cristo - a mensagem da Cruz - é a grande prova de amor. Nós não merecemos. Nós nunca conquistarmos. Não somos dignos. Mas Ele se inclina e se impora conosco! Ele nos ama, e nos prova o seu amor dando Cristo para morrer por nós.
Permitir que vivamos eternamente a Seu lado é a grande prova de amor que Deus nos dá.



"Alguns homens trouxeram-lhe um paralítico, deitao em sua maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: 'Tenha bom ânimo, filho; os seus pecado estão perdoados'. Diante disso, alguns mestres da lei disseram a si mesmos: 'Este homem está blasfemando'. Conhecendo Jesus seus pensamentos, disse-lhes: 'Por que vocês pensam maldosamente em seu coração? Que é mais fácil dizer: 'Os seus pecados estão perdoados', ou 'Levante-se e ande'? Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na tera autoridade para perdoar pecados' - disse ao paralítico: 'Levante-se, pegu a sua maca e vá para casa."

(Mateus9. 2-6)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A mensagem da Cruz 2

Quem me conhece sabe o quanto eu amo assistir aos telepastores. Um dos meus passatempos preferidos é acordar cedo aos sábados e assistir a todos os pregadores televisivos. Há horários em que fico até dividida por haver mais de um programa. No sábado há tantos programas com propostas diferentes que me sinto um pinto no lixo.

Quem lê meu blog deve se perguntar como é que eu gosto de assistir a esse tipo de programa, diante do que eu escrevo aqui. Vou tentar explicar. Por mais que pareça estranho, acho que é importante saber o que anda sendo dito no “mundo gospel”. Não dá pra falar mal do que não se conhece. Como não vou a uma dessas igrejas diferentes, assisto pela TV.

No último mês, provavelmente, ouvi de um desses telepastores a seguinte história:

“Foi feita uma pesquisa com dois ratos. Colocaram cada um em uma bacia com água. Para um deles não havia luz e para o outro havia. O rato que não tinha luz sobre si morreu em poucas horas. O rato que via a luz lutou por 13 horas antes de morrer.”

Então o pregador conclui:

“Há uma luz para você, lute pela sua vitória!” E se seguem aplausos, gritos, uivos, miados etc.

Nada contra a história, muito menos contra a pesquisa. Mas a pergunta que não quer calar é: o que essa história está fazendo no púlpito de uma igreja???

Onde estão a mensagem da cruz, a salvação, a graça, o sacrifício substitutivo de Jesus, o amor incondicional de Deus?

Há poucos anos, a revista Veja (não que eu goste da revista) publicou uma matéria de capa sobre o novo discurso dos pastores, que substituíram a mensagem da Cruz por uma mensagem de autoajuda! Lembro que quando li a matéria fiquei indignada, mas quando ouço muitas (não todas) mensagens da atualidade percebo que isso é uma verdade.

Talvez o discurso de autoajuda atraia mais pessoas, afinal quem não precisa de estímulo? Mas o púlpito não é lugar de autoajuda!

É vendo que alguns pastores estão assim que eu entendo por que há ovelhas que acham que é necessário mostrar para o não crente que o crente também ouve rap...

“Se você transmitir essas instruções aos irmãos, será um bom ministro de Cristo Jesus, nutrido com as verdades da fé e da boa doutrina que tem seguido. Rejeite, porém, as fábulas profanas e tolas” (1 Timóteo 4. 6-7)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A mensagem da Cruz

Recentemente, ouvi uma jovem da minha denominação opinando sobre novos métodos de evangelismo. Ela disse mais ou menos o seguinte: "a gente precisa mostrar pro não crente que o cristão também ouve rap, samba, que usa uma roupa mais justa..."
Durante os dias que se seguiram, passei horas lembrando dessas palavras e me perguntando: "o que o não crente precisa saber?"
Ao olhar para a vida de Jesus, não consigo enxergá-lo tentando convencer as pessoas de que segui-lO seria fácil, legal ou divertido. Entretanto, recordo-me do registro bíblico afirmando que quem quisesse segui-lO deveria tomar, a cada dia, a sua cruz. Tal afirmação de Cristo mais parece um convite ao sofrimento e à dor que um convite ao prazer.
Em que momento da história a lista do "pode ou não pode"gospel se tornou mais importante do que a mensagem da cruz?
Seguir Jesus custa um preço! Para Mateus custou dinheiro. Para Pedro custou o emprego. Para Paulo custou status. Para Estevão custou a vida.
A troco de quê a Igreja de Cristo quer se parecer com o mundo? Jesus propôs um modo de vida muito mais excelente e muito mais atraente, que dispensa máscaras para o evangelho. Contudo, o modo de vida que Jesus oferece passa pela cruz, porque na cruz está a salvação.
Não será interessante termos igrejas cheias de pessoas que querem parecer com o mundo, se elas não tomarem a cada dia a sua cruz.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Evangelho

Paulo Cezar - Grupo Logos

Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.

Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis