quarta-feira, 3 de novembro de 2010

É PRESIDENTA!!!!



A língua portuguesa, como a cultura brasileira, é machista. O masculino engloba o feminino. Quando usamos “homem”, podemos nos referir às pessoas do sexo masculino ou aos seres humanos em geral, independente de sexo. Se uma turma na escola é formada por estudantes de ambos os sexos, nos referimos a eles como “alunos”. Quando falamos dos que nasceram no Brasil, dizemos “brasileiros”.

Se você procurar no dicionário palavras como “estagiária”, “médica”, “enfermeira”, “professora”, “educadora”, “coordenadora”, “chefa”, “servidora”, “secretária”, “vendedora”, “cozinheira”, “presidenta”, você não encontrará. Porque a forma de registro no dicionário é sempre masculina e singular.

O cargo ocupado, hoje, por Lula e que será ocupado por Dilma, a partir de 1 de janeiro é o de Presidente da República, mas a Dilma será presidenta!

Fica fácil se pensarmos assim: em 2004, eu fiz concurso para "professor docente 1", é esse o cargo que está no meu contracheque, mas todos os meus alunos me chamam de "professora", porque sou mulher. Ninguém me chama de professor, porque é o nome do meu cargo. Chamam-me professora, porque sou eu, uma mulher, quem ocupa o cargo.

Há femininos muito pouco usados: “chefa”, “mestra”, “bacharela”, “presidenta”, mas todos eles existem. Alguns, como consta em dicionários, não são obrigatórios, como é o caso de “presidenta”. A própria Dilma já se manifestou a favor do uso “presidenta”, então, diante disso, admitamos: temos hoje uma presidenta eleita e em breve será presidenta de fato e de direito.

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