quinta-feira, 20 de maio de 2010

Difícil escolha






Um dos meus textos preferidos da Bíblia está em Hebreus 11 e diz o seguinte: “todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. [...](Dos quais o mundo não era digno)”. (v.13-16 e 38). 

Nesse trecho, o autor da carta aos Hebreus fala algo muito especial acerca dos heróis da fé, elencados por ele. Eles, os heróis, não se importavam mais com a pátria a que pertenciam, eles haviam assumido outra nacionalidade, haviam se tornado cidadão dos céus, essa era a preocupação deles. Para mim, fica claro que o compromisso deles com Deus era tão grande que não se importavam com a promessa terrena, conforme o versículo 13 aponta (morreram... sem terem recebido as promessas); eles se importavam com a promessa celestial. 

Pensar nisso me deixa sempre extremamente constrangida. 

Fico impressionada com o desprendimento de Abraão, com a fé de Noé, com o relacionamento com Deus de Moisés, com a confiança de Raabe e tantos outros que trocaram sua pátria terrena pela celeste e viveram suas vidas tendo essa segunda pátria como alvo e motivação. 

Antes de se tornarem cidadão dos céus, cada um deles fez uma escolha. Josué teve que confiar em Deus e não em suas próprias forças. Pedro, que não está na lista de Hebreus 11, teve que escolher deixar as redes para seguir Jesus. Paulo abriu mão das convicções que tinha. 

O jovem rico também recebeu a proposta de deixar tudo, mas escolheu não seguir Jesus. Imagino o quão angustiante deve ter sido para ele pensar naquilo que havia de deixar para receber algo que ele não sabia ao certo do que se tratava. “Será que o reino dos céus vale tudo o que vou deixar?”, ele deve ter pensado. A escolha que se pôs à sua frente era muito difícil.  

Paulo, Pedro, Abraão, Josué, Isaque e tantos outros agiram por fé, eles creram naquilo de que não tinham provas. Simplesmente confiaram. Nada mais. Popularmente, poderíamos dizer que eles escolheram dar um “salto no escuro”. Contudo, confiaram em Deus para fazer isso. 
Definitivamente, crer naquilo que não vemos não é fácil. O jovem rico atesta isso. Crer é uma escolha muito difícil. Obedecer implica sair de nossa zona de conforto, como o pastor Marcos sempre repete.

Apesar de todas as justificativas que possamos dar, a vontade de Deus é que creiamos, obedeçamos e “pulemos no escuro”. É Ele quem garante!

“Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”
(Filipenses 1.6)

Um comentário:

  1. Olá,
    li seu comentário no Genizah, considero muito lúcida sua posição a respeito dos megalomaniacos da fé.
    Seu blog tem uma linha editorial muito interessante, já estou seguindo.
    Espero sua visita ao meu humilde blog, será uma honra.

    abraço

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