quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Escolhas

Por esses dias, um amigo a quem amo muito me confessou um pecado que me chocou bastante. Não era nada que eu já não tivesse feito ou pensado em fazer na idade dele. Mas a minha mente de adulta o condenou e ficou perplexa.

Depois dos momentos de perplexidade, tentei me colocar no lugar dele, vivenciar as pressões que ele sofre e imaginar as carências que ele tem, para, então, olhá-lo com misericórdia. Lembrei da minha adolescência e pensei no que fiz quando vivi algo parecido, sem confiar em meus pais, cercada de olhares que mais me julgavam do que me amavam, sem ter com quem, simplesmente, desabafar.

Percebi que as escolhas que fiz naquela época me fizeram quem sou hoje. Lembrei de uma frase de Martinho Lutero que dizia “ou o pecado nos afasta da Bíblia ou a Bíblia nos afasta do pecado”. Pensei nas escolhas erradas que fiz durante a vida. Pensei no caminho que tive que percorrer, após cada erro, para retornar ao rumo certo. Descobri que os caminhos e descaminhos que percorri me ensinaram.

É lógico que seria muito menos doloroso aprender sem errar, mas quem é que aprendeu a andar de bicicleta sem cair? Ou não foram as quedas da bicicleta que nos fizeram aprender a levantar? Posso estar redondamente errada, mas acredito que, na vida cristã, as coisas também são assim. São as quedas que nos ensinam acerca de arrependimento, confissão e acerto. Elas nos revelam a misericórdia de Deus, nos fazem ver um Deus que nos ama incondicionalmente.

Sobre isso o apóstolo Paulo fala: “onde aumentou o pecado, transbordou a graça, a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” (Romanos 5.20-6.2 NVI).

Eis aí a nossa escolha de todos os dias. Permanecer no pecado ou fugir dele. A Bíblia nos afasta dele. O Senhor promete suprir cada uma das nossas necessidades, inclusive, aquelas que pensamos que só o pecado pode suprir.

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