sábado, 12 de janeiro de 2008

Silêncio

“Assim diz o Soberano, o SENHOR: Vocês vieram consultar-me? Juro pela minha vida que não deixarei que vocês me consultem. Palavra do Soberano, o SENHOR.”
(Ezequiel 20. 3-NVI)

Continuando as reflexões sobre o antigo testamento, vamos a um texto de Ezequiel. O livro de Ezequiel possui um daqueles textos que podem suscitar diversos estranhamentos. Há uma meia dúzia de ordens absurdas de Deus que fariam várias pessoas desistirem de obedecê-lO.

O versículo 3 do capítulo 20, transcrito acima, é bastante curioso acerca da fala de Deus. À primeira vista, soa até como orgulho ou “birra” de Deus, mas não é bem isso o que acontece.

O desejo do povo ao querer “consultar Deus” não tem nada a ver com saber a opinião de Deus sobre algo ou descobrir a vontade dEle para o povo. Essa, na verdade, era uma prática pagã de consultar oráculos, o povo pretendia consultar Deus da mesma forma.

Durante todo o tempo, Deus queria um povo exemplar, mas obtinha um povo que fazia questão de agir como os demais povos. Esse era só mais um momento. Deus buscava um relacionamento com o povo e o povo buscava respostas fáceis, como que “tiradas na sorte”. A relação que eles buscavam com Deus não implicava dever, nem ser o que Deus queria que eles fossem, mas, apenas, ter respostas ao usar Deus como um empregado e não como Senhor.

Deus não precisava falar. Ele já havia dito o que queria deles na lei, na história e através dos profetas. Ele queria, apenas, ser o Deus deles.

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